quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA RESÍDUOS SÓLIDOS É ALVO DOS GOVERNOS LOCAIS PARA O CUMPRIMENTO DA PNRS


Uma parceria entre a Masterplan e a secretaria de Meio Ambiente do Rio de Janeiro vem dando bons frutos na elaboração de materiais educativos voltados à temática dos resíduos.


Recentes pesquisas apontam que programas como esse vêm elevando a consciência dos brasileiros sobre o tema e são parte da engrenagem necessária para a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos pelos governos locais.

De acordo com o coordenador do centro de comunicação e educação ambiental da Masterplan, Maurício Brito, trata-se de uma parceria que está dando certo porque trabalha a mudança de hábitos, aliando educação ambiental a resíduos sólidos de forma a construir resultados práticos e duradouros.  
“A prefeitura do Rio está desenvolvendo conosco um lindo trabalho neste sentido, com a produção de diversos materiais como vídeos, jogos e cartilhas dentro da campanha Recicle seus hábitos”, pontuou Brito.  
Os materiais serão distribuídos nas escolas da rede municipal e em parques públicos da cidade a partir do próximo mês. 

População está mais preparada para ajudar, segundo pesquisa Cenatec e Projeto Escolas Sustentáveis

Como apontado pela pesquisa realizada no segundo semestre de 2015 pelo Cenatec - Centro de Assessoria em Resíduos Sólidos e Projeto Escolas Sustentáveis, trabalhar a educação ambiental para o cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos é item essencial no Brasil.

A pesquisa avaliou as perspectivas e ações dos cidadãos em relação aos resíduos do consumo diário. Seus resultados demonstraram que grande parte da população já está disposta e interessada em colaborar com a orientação dos órgãos responsáveis, separando e acondicionando os resíduos corretamente.

Em relação à coleta seletiva, 95% das pessoas entrevistadas disseram que fariam a separação em casa, caso fossem informados sobre os locais e horários da coleta dos materiais recicláveis.

A pesquisa mostrou também que o grau de conhecimento e interesse da população em colaborar com a responsabilidade compartilhada pós consumo vem crescendo. Os dados mostram que a maioria dos entrevistados quer ver a logística reversa em funcionamento. A preocupação com a destinação ambientalmente correta de eletroeletrônicos, por exemplo, apontou a necessidade de mais locais especialmente criados para este fim, como os ecopontos (62%), ou a devolução para as lojas onde eles foram adquiridos (37%).

No entanto, pelos comentários feitos, ficou claro que o problema ainda é a ausência destes ecopontos, de informações claras sobre o descarte correto nos locais de compra e também a não responsabilização dos geradores iniciais, isto é, a indústria e distribuidores dos produtos embalados.
Em relação aos catadores, a pesquisa mostrou que inseri-los no processo de gerenciamento dos resíduos é algo estratégico e importante para uma adesão em larga escala, já que há uma clara disposição dos consumidores para colaborarem com os programas que promovam a capacitação e organização dos catadores. Para 87% dos participantes, essas cooperativas e associações realizam um trabalho indispensável para a reciclagem e reintrodução de diversas matérias primas nas cadeias produtivas.
Como apontou a pesquisa, o estabelecimento de políticas públicas de apoio e incentivo à gestão compartilhada de resíduos é o caminho para a valorização dos trabalhadores e adesão dos consumidores aos projetos implantados.
Veja mais informações sobre esta pesquisa no boletim do EcoDebate Cidadania & Meio Ambiente:


Jogo Destino Final, que mostra os diferentes destinos do lixo, para distribuição nas escolas
municipais do Rio de Janeiro. 




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